Paralitikos - O Despertar nas Sombras" Poetas com espírito combativo focados nas sombras e na morte !

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O Paralítikos é uma banda que encapsula um manifesto visceral contra a hipocrisia social e os padrões impostos. Fundada no inverno de 1989 em Santander, essa banda punk carrega a essência da raiva, do inconformismo e de um fascínio pelas atmosferas sombrias e decadentes. Através de letras afiadas e performances intensas, eles consolidaram sua identidade como poetas combativos que exploram as sombras e a morte.

Início Rebelde: O Surgimento do Paralítikos

O projeto começou sob o nome Férias em Cadeira de Rodas, realizando seu primeiro show em um bar local chamado El Caserío, onde foram pagos com garrafas de tequila. As primeiras formações da banda sofreram mudanças constantes até que Rikardítiko (vocais), Andrés – Maxwell Smart (guitarra), e outros integrantes consolidaram o nome Paralítikos, inspirado pela semelhança sonora com a icônica banda Paralisis Permanente. Desde o início, o grupo demonstrava orgulho em ser aquilo que a sociedade temia e rejeitava.

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Primeiros Passos: Demos e Influências

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Em 1992, o grupo gravou sua primeira demo durante um show no Parque De La Teja, vendendo cerca de 200 cópias. Entre as músicas dessa fase estavam “Pota Entre Las Libros” e “Eu Nem Me Importo Mais”. As influências eram claras: punk corrosivo, elementos de ska e um amor pela atmosfera gótica. Em 1993, gravaram a demo Gothic, uma obra-prima do afterpunk nacional com faixas como “Merda de Criação” e “Fear” (uma versão de Pálisis Permanente).

A banda explorava temas como decadência, vida após a morte e experiências sombrias, consolidando sua presença no cenário punk. Essa jornada culminou em 1995 com a demo Es Día de Funeral, um trabalho mais denso que abordava histórias de vampirismo, possessão e tragédias reais.

Reconhecimento e Participações em Compilações

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O reconhecimento veio com a participação na coletânea Spanish Gothic Bands Vol. 3 (1994), distribuída internacionalmente, ao lado de bandas como Contos Antigos e La Guillotina. No mesmo período, o Paralítikos participou do festival Dos Días de Misa Negra, em Madrid, compartilhando o palco com nomes internacionais como Dreadful Shadows e Girls Under Glass. Essa fase consolidou a banda como um dos principais nomes do gênero gótico e punk na Espanha.

Reinvenção e Desafios

Mudanças na formação e a transferência de Rikardítiko para Tenerife levaram à criação de um projeto paralelo, Vampiros em Havana, que manteve viva a essência do Paralítikos. Em 2000, Rikardítiko retornou a Santander e reagrupou a banda, experimentando novos formatos e adicionando performances teatrais com sangue e vísceras.

O período também marcou a reedição das demos Gothic e Es Día de Funeral em um único CD, Resurrección Compilation (2002). Esse lançamento trouxe as músicas para um público mais amplo, reafirmando a relevância da banda.

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Evolução Sonora: "Alas de Cuervo" e Novos Horizontes

Em 2005, a banda lançou o álbum Alas de Cuervo, um marco caracterizado por melodias góticas e versões icônicas de The Cure (“The Drowning Man”) e Los Primitivos. No entanto, tensões internas levaram a mais mudanças na formação. A chegada de Elizia Mortizia em 2005 trouxe uma nova sonoridade ao grupo, com teclados e composições mais elaboradas.

O lançamento seguinte, Roma No Paga Traidores (2008), explorou temas de identidade pessoal e vingança contra o sistema. A capa do álbum é um manifesto visual: uma mistura de claro-escuro com a imagem de um enforcado. Essa obra reafirmou o compromisso da banda com a arte livre de hipocrisia.

O Ápice: "La Senda de Los Antihéroes"

Em 2012, o Paralítikos lançou La Senda de Los Antihéroes, considerado o melhor álbum da banda. A combinação de temas combativos e joias negras destacou a evolução sonora e a profundidade das composições. Faixas como “Necrofilia” e “Onde Você Vai Passar a Eternidade” reafirmaram sua posição no cenário punk e gótico.



Legado e Impacto

O Paralítikos não é apenas uma banda, mas um grito contra o conformismo e uma celebração da individualidade. Suas músicas atravessaram fronteiras, marcando gerações e consolidando sua posição como uma das bandas mais autêuticas e provocativas do punk espanhol.

Com uma história recheada de desafios, reinvenções e momentos ápices, o Paralítikos continua sendo uma referência essencial para os amantes do punk e do afterpunk. Sua trajetória prova que a arte verdadeira é aquela que desafia, provoca e transcende os limites impostos pela sociedade.

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